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De acordo com a ciência, a maçã não pode ter sido “o fruto proibido de Adão e Eva”

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A pesquisa também aponta para um importante papel da natureza no surgimento da maçã. Isso se deve ao fato de que durante o período entre o fim da Era do Gelo e o início da Era Cristã, a Europa e a Ásia se encontravam cheias de animais selvagens de porte grande. Entre esses animais, destacam-se cavalos selvagens, cervos ainda maiores e outros bichos, que viviam em bandos e transitavam livremente pelos continentes. Devido à complexidade das artimanhas evolutivas, frutos pequenos pareciam feitos para atrair animais menores, como aves, que após ingeri-los acabavam por espalhar as suas sementes, possibilitando o nascimento de novas árvores. As aves não se atraem por frutos grandes, uma vez que eles são difíceis de serem carregados. Assim, elas desempenharam um papel primordial na propagação das maçãs.

Nesse sentido, Spengler pontuou que quando se considera os frutos como adaptações evolutivas, realizadas a partir da dispersão das sementes, esse ponto se torna a chave para a compreensão de que a evolução dos frutos está atrelada a evolução do que os animais comiam no passado.

Os mamíferos, porém, não carregam as sementes a grandes distâncias, da maneira como fazem as aves. Então, a partir disso, Spengler concluiu que, geneticamente, as maçãs selvagens são diferentes em várias zonas consideradas como uma espécie de “refúgio glacial” desde a Era do Gelo, além de concluir que os frutos não se espalharam muito, mas evoluíram a seu modo e em variedades.

No que tange à ação humana, o pesquisador alemão destacou que ela contribuiu no sentido de acelerar o processo de hibridização da maçã, fazendo com que ele acontecesse mais rapidamente do que ocorreria sem intervenção. Entretanto, o pesquisador ressalta que ainda não se sabe como esse processo acontece com árvores de longa duração, uma vez que a hibridização é diferente de planta para planta.