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Alpinista com câncer de pulmão chega ao topo do Aconcágua

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Durante duas décadas, Isabella, atualmente com 55 anos, sempre foi entusiasta da vida ao ar livre. Ela é veterana quando o assunto é alpinismo, além de ser maratonista e triatleta. Ela e o seu marido, David Crane, um financista, criaram cinco filhos que também vivem aventuras. As excursões da família nesse sentido sempre renderam notáveis feitos atléticos, como cavalgadas pela Sibéria até o deserto Gobi.

O filho mais velho dos Crane Cason, aos 20 anos, se tornou o primeiro alpinista abertamente gay do mundo. Entre os feitos de Cason se pode destacar o fato de que ele escalou todos os picos mais altos do mundo, conhecidos pelo título de “seven summits”. O segundo filho do casal, David, fez o trajeto do Cairo até a Cidade do Cabo de bicicleta quando tinha apenas 19 anos. Bella, presente na mais recente aventura da mãe, percorreu a trilha Pacific Crest, que totaliza mais de 4 mil quilômetros, quando tinha apenas 19 anos. No ano passado, o quarto filho de Isabella e David, se tornou a pessoa mais jovem do mundo a atravessar o Oceano Atlântico remando. Por fim, o quinto e último filho do casal, de apenas 16 anos, está entre os fundistas de elite do circuito colegial de Nova Jersey.

Na ocasião em que o câncer de Isabella foi diagnosticado, no ano de 2018, ela não tinha certeza de quantos meses de vida ainda teria pela frente. De cama e sofrendo com fortes dores provocadas pela doença, por tumores na espinha, na pélvis e no cérebro, a mulher foi aceita para um tratamento experimental, passando a usar dois medicamentos anticâncer. O primeiro deles bloqueava as células cancerígenas e o segundo era responsável por bloquear as dores. Esse tratamento, entretanto, só possui eficácia durante um período de 18 meses e, após passado esse período, a saúde do paciente volta a se debilitar.

Conforme informações fornecidas pelo Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos, a chance de sobrevivência de pacientes que possuem câncer de pulmão no estágio 4 é de apenas 4,4% e poucos pacientes conseguem sobreviver por mais de uma década após receberem o diagnóstico. Portanto, Isabella se sente grata pelo tratamento conseguido e por ele lhe permitir algum tempo de saúde estável.