O relatório relativo a pesquisa trazia oito pontos chaves para a compreensão do ateísmo ao redor do mundo:
1. Os ateus – que não acreditam em Deus – e os agnósticos – aqueles que possuem dúvidas acerca da existência de Deus, mas não creem que seja possível fazer tal descoberta -, não são grupos homogêneos. Eles foram documentados em grupos diferentes nos países estudados e, dessa forma, é possível afirmar que a incredulidade assume facetas diversificadas.
2. Nos países pesquisados, as pessoas que não acreditam em Deus se categorizam como “sem religião”.
3. Quando é necessário a auto rotulação, as pessoas que não possuem crença em Deus preferem ser chamadas por termos diferentes de “ateus” e “agnósticos”. Dessa forma, foi possível encontrar classificações como “humanista”, “pensadores livres” ou “céticos.
4. Os grupos de ateus encontrados no Brasil e na China são os que menos mostram convicção acerca da não existência de Deus.
5. A ausência da crença em Deus não representa necessariamente que os ateus e agnósticos não possuem crenças em fenômenos sobrenaturais, ainda que o ceticismo seja uma característica comum entre ateus de uma maneira geral.
6. É possível afirmar que entre os ateus o número de pessoas que considera que o universo não possui qualquer sentido é maior do que no restante da população. Entretanto, o número ainda é menor do que a metade dos entrevistados.
7. Quando expostos a questões ligadas a, de acordo com a pesquisa, valores morais objetivos, dignidade humana e direitos correlatos, os ateus possuem posicionamentos semelhantes ao do restante da população.
8. Para finalizar, quando os ateus foram questionados a respeito de quais são os valores mais importantes na vida de uma pessoa, foi possível perceber concordância extremamente alta. Família e liberdade foram pontos extremamente citados, além de compaixão, verdade, ciência e natureza.