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Matemático da USP receberá R$1 milhão para desvendar redes complexas do cérebro

Pesquisa busca estudar modelos matemáticos para compreender como a natureza coloca ordem nas coisas e pretende desenvolver fórmula para ajudar tratamentos de saúde

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Uma pesquisa que está sendo desenvolvida pelo professor Tiago Pereira, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da Universidade de São Paulo (USP) em São Carlos, receberá R$1 milhão. Ele ficará responsável por desenvolver um teoria matemática para que seja possível descrever comportamentos de sistemas dinâmicos não-lineares, como o cérebro humano por exemplo. Além disso as redes sociais e também os sensores de cidades inteligentes. Os recursos foram garantidos através do Instituto Serrapilheira para fomentar a ciência no Brasil.

O principal objetivo deste estudo, é tentar entender quais são as regras utilizadas pela natureza para que sejam dadas ordens às coisas. A ideia central é tentar achar alguma equação matemática que consiga compreender e provar o que irá acontecer em alguma rede, seja de algum ser humano ou até mesmo de uma cidade.

O pesquisador afirma que o desafio principal deste estudo estará no fato de que será necessário que se entenda redes mais complexas, e que este será de fato um grade desafio para que o estudo atinja seus objetivos principais. E que redes que possuem interações mais complexas, de fato serão o maior desafio enfrentado ao longo do estudo.

O professor conta que é compreendido pela ciência o que acontece quando um sistema está isolado, como por exemplo as ações de um neurônio. Ele revela que isto é algo que já é compreendido pela ciência, mas que as coisas na natureza acabam gerando interações. Por este motivo, o comportamento de um determinado elemento pode ser influenciado pelo que acontece a sua volta, e a sua atividade quando está em uma rede pode ser totalmente diferente de sua ação ao se mostrar isolado. Por isso, o estudo busca analisar estes sistemas funcionando em interação, e não isolados. O que será um grande desafio para o pesquisador.